quarta-feira, 15 de abril de 2009

E A MORTE PERDERÁ O SEU DOMÍNIO - Dylan Thomas



E a morte perderá o seu domínio.
Nus, os homens mortos irão confundir-secom o homem no vento e na lua do poente;
quando, descarnados e limpos, desaparecerem os ossoshão-de nos seus braços e pés brilhar as estrelas.
Mesmo que se tornem loucos permanecerá o espírito lúcido;
mesmo que sejam submersos pelo mar, eles hão-de ressurgir;
mesmo que os amantes se percam, continuará o amor;
e a morte perderá o seu domínio.
E a morte perderá o seu domínio.
Aqueles que há muito repousam sobre as ondas do marnão morrerão com a chegada do vento;
ainda que, na roda da tortura, comecemos tendões a ceder, jamais se partirão;
entre as suas mãos será destruída a fée, como unicórnios, virá atravessá-los o sofrimento;
embora sejam divididos eles manterão a sua unidade;
e a morte perderá o seu domínio.
E a morte perderá o seu domínio.
Não hão-de gritar mais as gaivotas aos seus ouvidos nem as vagas romper tumultuosamente nas praias;
onde se abriu uma flor não poderá nenhuma flor erguer a sua corola em direcção à força das chuvas;
ainda que estejam mortas e loucas, hão-de descer como pregos as suas cabeças pelas margaridas; é no sol que irrompem até que o sol se extinga, e a morte perderá o seu domínio.



terça-feira, 14 de abril de 2009

Humanamente Kitsch


A palavra Kitsch é um termo, de origem alemã, criada na decada de 60 pelo frankefurtiano Theodoro Adorno, que é usado para categorizar objetos de valor estético que são considerados inferiores e de mau gosto. Os objetos kitsch são geralmente pequenas miniaturas, que possuem caráter estético, baseiam-se em padrões estéticos de culturas e épocas, e são feitos para comercio da indústria cultural.
Kitsch está presente em todas as classes sociais funcionando como um elemento de nivelação social e histórico, pois é amplamente consumido por todos. Independente das diferentes possibilidades de status que o objeto kitsch possa suscitar agrupa se o kitsch em categorias: religioso (terços saturados de imagens, santinhos), sexual (canetas com mulheres nuas, fotografias, baralhos de mulheres nuas), exótico (paisagens havaianas, indianas de fundo geralmente mescladas), doce (jardins com sete anões, bailarinas em miniaturas, anjinhos), amargos (cobras de plásticos, esqueletos de plástico fluorescentes) políticos (insígnias de partidos em chaveiros, camisas e bonés de eleições) além de poder haver uma combinação de todas essas categorias.
De acordo com o sociólogo Jean Baudrillard, em seu livro A sociedade de consumo, o kitsch caracteriza se por ser objetos que, além de perder seu significado por estarem sendo comercializados fora de seu contexto, não se têm valor de uso. A reciclagem cultural caracteriza também o kitsch. O que era antigo é relançado como novo alimentando o ciclo vicioso de seguir a moda das tendências atuais mesmo que sejam velhas novidades.
Atualmente, o Kitsch sobrevive pela brecha criada pelo Industrialismo, através da chamada “embriaguês do consumo”: surgem vários objetos vendidos como utilidades, mas que são completamente inúteis (“gadgets” = objetos sem função ou com função além da que precisam ter), tais como secadores-de-unha, relógios e agendas eletrônicas de várias funções, as inúmeras “inutilidades” domésticas, etc. pelo seu amplo consumo atual, autor Milan Kundera, em seu livro A Insustentável Leveza, afirma: “nenhum de nós é sobre-humano a ponto de poder escapar completamente ao Kitsch. Por maior que seja o nosso desprezo por ele, o kistch faz parte da condição humana”.

Terry Richardson - Pornógrafo


Terry Richardson é nova-iorquino e trabalha em fotografia desde finais dos anos 80, tendo criado inúmeros anúncios para vários designers de moda, como Gucci, Levi's, Hugo Boss, Anna Molinari, Baby Phat, Matsuda e Sisley. Richard conta com um vasto portfolio de fotos editoriais destinadas a revistas como Vogue, Vice , Harpers Bazaar, The Face, and Dazed & Confused. Os seus trabalhos visam ser bizarros e acima de tudo chocantes. A maior parte contém elementos sexuais exacerbados que não são vistos normalmente nos meios de comunicação de massa. Seu estilo é marcado pelo não convencional, direto, com características de amador. Suas fotos tecnicamente são simples, o flash é usado diretamente no elemento principal, Richardson procura dessa forma mostrar atitude. O fotografo é responsável, desde 1997, pelas imagens fotográficas da Sisley. Uma de suas excentricidades de Richardson é que ele participa como modelo em algumas fotografias, geralmente as mais polemicas. Na campanha de 2002, todos os modelos usaram máscaras com a estampa do rosto do fotografo



Ode para a medíocre sociedade decadente

No romance "Vermelho e o Negro," Stendhal caracteriza a sociedade vasta de muita ambição e de pouca coragem individual





Henry Beyle, ou Stendhal como assinava alguns de seus livros, acreditava que a verdadeira nobreza está no espírito e não no sangue azul dos avec-culottes. Para o autor ser culto, nobre, estava no modo de agir, nos pensamentos diários, que ultrapassavam os grandes salões de festas.



Escrito em 1830, "O Vermelho e o Negro" é uma ácida crônica, que analisa psicologicamente, a decadente sociedade francesa do período da Restauração pós-napoleônica. O autor expõe as ambições mesquinhas da emergente sociedade de classes.O jovem Julien Sorel, nascido numa cidade do interior da França, desde cedo sofreu com o preconceito do pai e irmãos por se interessar pelo gosto da leitura e do conhecimento.



Julien, durante a infância estudou com o cirurgião-mor da cidade, depois contou com os ensinamentos do Cura, aprendendo latim e o Novo Testamento. Na adolescência, a convite do prefeito da cidade, Senhor Rênal, o jovem muda-se para ser preceptor dos dois filhos dele. Na casa do prefeito o jovem cria várias estratégias para conquistar a Senhora Renal, até o romance tornar-se um escândalo e se ver obrigado a deixar a cidade.



Em Paris, Julien conhece a alta sociedade. Torna-se secretario do marquês, pai de Mathilde, por quem se apaixona. Na obra, "Vermelho e o Negro" Stendhal mostra o comportamento da capital e do interior. E a decepção da descoberta que a cultura é apenas superficial e status quo.A sociedade que Julien vive é como o autor caracterizava sua época: de pouca determinação e muita ambição, muita conspiração e pouca coragem. Infelizmente o romance de Stendhal é perene na sociedade. Somente trocando alguns objetos, os personagens e o discurso, mesquinhos e superficiais podem ser encontrados ainda hoje.

Beatniks na estrada da contracultura

On The Road, obra de Jack Kerouac, até hoje ainda é a ideal para se levar na mochila pegar a estrada



Enquanto o American Way of Life (modo de vida americano) deslumbrava o mundo, alguns poucos "malucos" pegavam o caminho, a estrada inversa. O primeiro movimento americano contracultura foi o beat geração, preconizado por Jack kerouac. Os beatniks, como ficaram conhecidos, eram jovens que, desestimulados com o modo de vida urbano pós-guerra, regados de jazz, sexo, drogas e literatura, resolveram cair na estrada.


Pé na estrada (on the road), livro escrito em 1955 por Kerouac no melhor estilo beatnik: em um rolo de papel de teletipo, tornou-se a bíblia daquela uma geração. Mas a obra também inspirou ídolos jovens de diversas épocas desde Bob Dylan a Cazuza. Os beatniks são os pais dos hippies e avôs dos punks.


Em 2004, a editora L&PM contando com a tradução, introdução e posfácio de Eduardo Bueno, lançou o livro pela primeira vez no Brasil. A obra Pé na estrada (On The Road) conta a história de dois amigos que decidem cruzar os Estados Unidos pedindo carona, com pouco ou nenhum dinheiro.


O leitor mais atento poderá perceber que se trata das aventuras de Jack kerouac com seu amigo o poeta beat Allen Ginsberg. Lançado em pocket book (livro de bolso) é ideal para levar na mochila e pegar "a estrada do místico, a estrada do louco, a estrada do arco-íris, a estrada dos peixes, qualquer estrada..." (pagina 305).

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Blog


Parto do princípio que todo Blog é niilista...

Tim Walker - fotógrafo de sonhos










Tim Walker fotógrafo londrino, que cria momentos lúdicos para suas imagens de moda

domingo, 12 de abril de 2009

Moda Sustentável


A preocupação com o meio ambiente tem sido constante, a busca de formas para utilizar a natureza também está presente da Indústria da Moda. Pois, a Indústria Têxtil é está entre as quatro tipos de indústria que mais consomem recursos naturais, conforme o Environmental Protection Agency, órgão norte-americano que monitora a emissão de poluentes no mundo. A solução segundo, Carlo Vezzoli, pesquisador da área "É preciso mudar a atitude social e a cultura ligadas ao modo de entender o vestir, bem como o critério e a forma de limpeza e manutenção dos itens do vestuário". Estabelecendo assim uma nova forma de vestir, questionando maneiras já existente para criar-se uma nova forma de consumo.


(fonte: REVISTA CLAUDIA -Sua Roupa Agride a Natureza? portug/um_mundo_sustentavel/moda/ler_artigo_completo.txt · Modificado em: 2008/04/18 16:56 por aimee)